Santos Dumont: Um passarinho com bigodes
- Drop Hunter
- 9 de fev. de 2024
- 4 min de leitura
Atualizado: 25 de nov. de 2024

Ei, você aí, já ouviu falar de Santos Dumont, o cara que botou as leis da gravidade pra mamar e ainda deu um showzinho no céu?
Pois é, esse sujeito aqui achava que ficar com os pés no chão era muito mainstream, então resolveu inventar uma maneira de voar.
Mas olha, o 14-Bis que você conhece é só a ponta do iceberg na carreira desse figura. Os primeiros protótipos criados por ele eram um amontoado de madeira e tecido que pareciam tudo menos aviões...
A sociedade da época provavelmente pensava que ele estava com a cabeça nas nuvens rsrs. Mas, como um bom visionário, Santos Dumont nunca desistia.
Aceitas uma música?

O PRIMEIRO BALÃO
Imagina a cena: um sujeito de bigode, olhando para o céu e pensando, "Eu quero mesmo é voar!"
Aqui começa a jornada épica de Santos Dumont.
Seu primeiro experimento foi um balãozinho bem simpático. Claro, não era nada sofisticado como os balões de hoje em dia.
Provavelmente, lá de cima, ele só conseguia ver um monte de vacas e umas casinhas lá embaixo, mas estava no caminho certo.

O DIRIGÍVEL NÚMERO 1
O ano era 1898 e nosso amigo Alberto decide dar um passo adiante criando seu primeiro balão dirigível, que como você pode notar parecia um grande salame e provavelmente não voava bem.
Resultado do vôo? As condições de neve fizeram com que o dirigível se dobrasse e caísse no chão.
"A cinco ou seis metros de altura, o aparelho, repentinamente, dobrou-se e a queda começou. De toda minha carreira, esta é a lembrança mais abominável que tenho guardada"

O DIRIGÍVEL NÚMERO 2
Considerando que a estrutura do dirigível número 1 não era das mais resistentes e que quase fez ele virar presunto pra combinar com o salame, Albertin precisou fazer ajustes.
Ele decidiu acrescentar um pequeno ventilador de alumínio no número 2 para ''garantir'' que o formato do balão se mantivesse estável.
Resultado do vôo? Começou chover do nada, o balão ficou pesado e acabou caindo nas árvores que estavam ao redor.
Mas, como você sabe, Santos Dumont não desistia...

O DIRIGÍVEL NÚMERO 3
Mais um dia, mais um dirigível. Esse cara estava mesmo determinado a voar e adivinha como ele resolveu provar isso? Embarcou no seu mais novo N-3 e simplesmente deu a volta na Torre Eiffel...
"A partir desse dia, não guardei mais a menor dúvida a respeito do sucesso da minha invenção. Reconheci que iria, para toda a vida, dedicar-me à construção de aeronaves. Precisava ter minha oficina, minha garagem aeronáutica, meu aparelho gerador de hidrogênio e um encanamento, que comunicasse minha instalação com os condutos do gás iluminante."

EXTRA EXTRA, A BRINCADEIRA FICOU SÉRIA.
Nessa época um tal de "rei do petróleo" apareceu na cidade portando 100 mil francos e propondo um desafio que ficou conhecido como "Prêmio Deutsch".
O trato era: 100 mil francos para o primeiro que conseguisse decolar do lugar escolhido, chegar até a Torre Eiffel em até meia hora, dar uma volta nela e voltar para onde tinha começado.
Eu acho que Santos Dumont daria outra volta na torre até se tivesse que pagar, mas é claro, o prêmio fez com que surgissem concorrentes, isso estimulou Alberto à aperfeiçoar seu protótipo antes de competir e assim nasceriam os dirigíveis numero 4 e numero 5.

O DIRIGÍVEL NÚMERO 4
O numero 4 carregava um motor de 7 fucking cavalos, um pedal de partida e um banco de bicicleta pro Albertin ficar mais confortável.
Com o N-4 ele fez voos quase diários e pedalou tanto contra o vento que uma das peças quebrou.
Mas você sabe, um pássaro de bigodes não desiste, então ele começou a projetar o N-5.

O DIRIGÍVEL NÚMERO 5
Foi com o N-5 que Santos Dumont disputou o Prêmio pela primeira vez.
Na primeira tentativa ele cumpriu o trajeto, mas ultrapassou o tempo limite. Na segunda tentativa bateu num Hotel e o balão explodiu (Albertin sobreviveu).
E então o rei do petróleo disse: "Temo que os experimentos não serão conclusivos. O balão do sr. Santos Dumont estará sempre à mercê do vento, e, por tanto, não é o tipo de aeronave que sonhamos"

O DIRIGÍVEL NÚMERO 6
Alberto infelizmente não ouviu o que Rei do petróleo falou, ele estava ocupado colocando mais 13 fucking cavalos no motôzin, ou seja, quase triplicando a potência que o modelo anterior tinha.
Então no dia 19 de outubro de 1901 saíram de casa um malandro e um otário. Um desses dois era Alberto que executou a prova em 29 minutos e voltou voando pra casa com 100mil francos. O outro nunca mais ouvi falar.
Agora sim, com a conquista do Prêmio Deutsch, Santos Dumont passou a receber cartas de diversos países, em diferentes línguas, cumprimentando e querendo conhece-lo. As Revistas publicaram edições luxuosas sobre ele, grandes eventos o convidaram, muitas medalhas e prêmios chegaram magicamente até ele.

EXTRA EXTRA, MAIS UM LOUCO VIROU GÊNIO!
E não é que o mesmo homem conhecido por suas tentativas fracassadas, agora é a estrela do show!?
Além das correspondências e convites internacionais, ele começou a ser visto como um visionário, alguém que transformou o impossível em realidade.
A época é outra, mas o papinho é o mesmo:
" Sempre soube que ia dar certo 👍"
" Nunca duvidei 🤩"
...O TEMPO PASSOU E....
Após o período de homenagens, Santos Dumont voltou a se dedicar na construção de novos modelos.
Foram muitos desafios ao longo desse caminho, mas como vocês sabem, tudo isso resultou no famoso 14-Bis, quando o céu deixou de ser um limite:
Crédito: canal AP archive no YouTube
