RedBull: Para CEO's que sonham alto - mas vivem cansados.
- Drop Hunter
- 16 de abr. de 2024
- 5 min de leitura
Atualizado: 25 de nov. de 2024
Bem vindos ao ano de 2024, também conhecido historicamente como o ano dos visionários cansados.
Sente na sua cadeira de procrastinação mais confortável e posicione seu dedo favorito para scrolling, pois hoje vamos conhecer a história da RedBull, desde o nascimento dos fundadores até o momento em que a marca se tornou um símbolo mundial de energia (ou da falta dela).
Mas antes uma dica: Músicas de fundo podem deixar textos medíocres um pouco mais interessantes.
CHALEO, O ALQUIMISTA TAILANDÊS

Tudo começa na Tailândia em 1923, quando Chaleo Yoovidhya nascia em uma família de camponeses que morava num lugar muito longe para ir de chinelo.
Seus pais se dedicavam à criação de patos para sobreviver e Chaleo meio que já nasceu com trabalho à fazer, então aprendeu o oficio da família desde cedo.
Ele não foi pra escola, não aprendeu a tabuada e também não coloriu desenhos, mas trabalhava muito e mantinha aquele brilho nos olhos que denunciava a sede por algo novo.
DIETRICH, O AUSTRÍCADO CURIOSO

Agora, mude o cenário para a Áustria, onde em 1944 nascia um jovem chamado Dietrich Mateschitz.
Tudo que sabemos é que Dietrich teve acesso aos estudos desde cedo, que colecionava boas notas e que fazia muitas perguntas. Não temos muita informação além disso, mas nossos informantes concluíram que Dietrich era uma daquelas crianças que viam o mundo de um jeito diferente.
Não é de se espantar que alguns anos depois ele tenha saído por aí criando a estratégia de marketing nada convencional da RedBull.
CHALEO, A VIAGEM SÓ DE IDA.

Alguns anos e muitos patos depois, Chaleo finalmente percebeu que santo de casa não faz milagre, e decidiu se mudar para a cidade de Bankok em busca de novas oportunidades.
Ele chegou na cidade portando toda sua coragem e seu vasto conhecimento sobre patos, que não serviram de nada em seu primeiro emprego como balconista de farmácia.
Sim amigos, a vida não é um morango e Chaleo estava apenas começando. Aliás, como ele criaria uma poção energética se não soubesse quais substâncias misturar? Ser balconista foi mais que um ganha-pão, foi como sua escola.
DIETRICH, A VIAGEM NA MAIONESE.

Enquanto Chaleo decorava bulas, Dietrich lia livros. Nessa época cursava economia e era uma espécie de nerd que ainda colecionava boas notas, mas que parecia estar com a cabeça sempre em outro planeta.
Ele sempre tinha algum livro ou revista por perto, mas poucos desses eram sobre economia. Enquanto seus colegas desvendavam a curva de laffer, Dietrich desvendava qualquer outra coisa.
No fim das contas essa curiosidade insana por assuntos aleatórios estava apenas preparando o terreno para algo maior.
CHALEO, FAZENDO A ALQUIMIA.
Depois de algum tempo trabalhando na botica de esquina, nosso herói farmacêutico percebeu que havia um problema muito comum entre os trabalhadores, conhecido por nós como "estoy cansadito".
Chaleo nessa época já tinha juntado alguns trocados, decorado a fórmula de todos os remédios e também sentia que precisava partir pra uma aventura mais ousada, foi quando pensou "vou acabar com essa palhaçada de cansaço".
Então em 1962, como quem não quer nada, largou a segurança do emprego e abriu sua própria loja de poções. Assim nasceu a TC, uma fábrica de energéticos antes mesmo de energéticos serem uma coisa.
Nossos informantes contam que Chaleo era uma espécie de Dr. maluco, sempre misturando coisas aleatórias. Quem bebia? Não sabemos.
O fato é que, no início dos anos 70, depois de muitas tentativas, erros e algumas explosões, ele finalmente encontrou a fórmula perfeita: uma bebida que traria energia até mesmo para um jovem visionário e preguiçoso!
O primeiro energy drink foi batizado de “Krating Dean” porque, sei lá, talvez ele gostasse de nomes que ninguém sabe pronunciar direito.
Chaleo nem imaginava, mas sua poção mágica não só deu um gás nos trabalhadores, como também virou sensação entre os jovens, viajantes e executivos. E foi assim que tudo começou, graças a alquimia de Chaleo e ao boca a boca - o WhatsApp da época - a solução pro cansaço mundial foi inventada.
DIETRICH, DESCOBRINDO A POÇÃO.
Em 1980 Dietrich era um executivo dedicado a vender pastas de dentes, ele tinha os dentes muito brancos mas ainda não podia ser criativo.
Nessa época Dietrich viajou até a Tailândia e como um bom viajante, conheceu os efeitos do Jetlag.
Ele precisava buscar alguma coisa que aliviasse seu cansaço, então deu um passo para fora do avião, descansou alguns minutos e foi em direção aos comerciantes da cidade, onde contou que estava muy cansadito e foi apresentado ao localmente famoso Krating Daeng, criado por Chaleo.
Com cafeína, taurina e outras substâncias mágicas, essa mistura tailandesa era como um soco na boca do estômago do cansaço e depois de alguns minutos após virar a latinha, percebeu três coisas:
- que o cansaço sumiu.
- que não ia mais vender pastas de dentes.
- que precisava falar com Chaleo.
Dietrich usou seu estilo Sherloke para descobrir o número de Chaleo, depois improvisou o estilo Corleone pra ligar e marcar uma reunião.
O MOMENTO HISTÓRICO
De uma lado Chaleo, que criava coisas, seja patos ou energéticos.
De outro lado Dietritch, que estudava coisas, seja negócios ou vendas.
Juntos, decidiram que o mundo inteiro precisava acordar para a vida.
E foi assim, numa pequena sala aos fundos da Indústria Farmacêutica TC que Dietrich convenceu Chaleo de que poderia ajudar na expansão da marca e que poderia fazer a bebida chegar até a Europa.
Cada um deles se comprometeu em investir 500mil dólares na parceria, apertaram as mãos e começaram a trabalhar. Eles fizeram melhorias no sabor, traçaram a estratégia, produziram materiais de divulgação e se prepararam para lançar o novo produto. A marca teve seu nome alterado de Krating Daeng (em tailandês significa gauro vermelho, uma espécie de touro que era comum na região) para RedBull (em inglês significa touro vermelho, espécie mais comum e que seria reconhecida na Europa).
O foco da fórmula RedBull sempre foi dar energia para trabalhadores, estudantes e viajantes, mas eles sabiam que isso poderia soar meio chato como Marketing, então concordaram que o melhor caminho era associar a marca com os heróis da vida real: atletas de esportes radicais, os atletas de esportes da mente, e claro, nossos queridos CEO's visionários e cansados.
A partir dos anos 90 a estratégia de marketing da RedBull estava pronta e a marca começou a patrocinar a porra toda. Eventos, lançamentos, festas, shows, corrida maluca, tudo poderia ser patrocinado pela RedBull, desde que fosse um evento emocionante para os telespectadores. É estimado que cerca de 35% de seu faturamento vai para investimentos nesse tipo de marketing que é padrão da marca, mas que é visto pelo mercado como "agressivo".
E claro, tudo sempre com a logo da marca estampada, porque nada diz "você pode fazer qualquer coisa" como literalmente sair da estratosfera, pular de uma altura onde nem os pássaros conhecem, alcançando 1342,8 km/h e quebrando a barreira do som com uma lata de RedBull na mão.
O resto, como dizem, é história.
FIM
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